Esperança

Mais que um simples clichê, desejo a todos os habitantes desse nosso pequeno grande planeta redondo um Feliz Ano Novo, ou pelo menos mais feliz que o atual.

Sim, esse ano foi e está sendo muito difícil. Não consigo enumerar todas as dificuldades que cada um de nós tem passado, mas vou arriscar algumas: o isolamento social, a falta do toque humano, a hiperconvivência dentro de casa, a doença física e mental, o desemprego, e tantas outras mazelas que nos trouxe a pandemia. Com certeza aprendemos coisas boas e ruins, que serão lembradas por nós pelo resto de nossas vidas e possivelmente marcarão toda uma geração.

Mas não devemos perder a humanidade e seu traço singular: a ESPERANÇA! Esse sentimento me faz lembrar do texto com mesmo nome do poeta de Mário Quintana, também muito lembrado nessa época do ano:

ESPERANÇA

Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E
— ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança…
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA…

Mário Quintana

A esperança na vacina, a esperança no retorno às atividades de forma semelhante ao que tínhamos antes, a esperança de tocarmos o outro sem ressalvas, a esperança que recobremos o que foi perdido esse ano (infelizmente, isso não vale para vidas humanas) e qualquer motivo especial e individual para esperançar.

Bom fim de ano!! Aproveitem suas famílias, amigos e amados mesmo à distância.

Aproveito para informar que estamos em recesso, e retorno às consultas online e presencial a partir da primeira semana de janeiro.

Suzana

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