Esqueça, em parte, a balança e se concentre na fita métrica! Novidades vindas do Reino Unido podem mudar a classificação da obesidade.

A gente sabe que o índice de massa corporal é falho em dizer se a pessoa tem muita gordura ou músculo, quando a gente analisa apenas o peso e altura.
Também, já é bem consolidado que a gordura abdominal é a grande vilã para os distúrbios metabólicos tão conhecidos para várias doenças que tem como base a resistência insulínica, tais como síndrome metabólica, diabetes tipo 2, dislipidemia aterogênica, hipertensão arterial, esteatose hepática, síndrome de ovários policísticos, que são doenças que elevam o risco cardiovascular.
A sugestão do National Institute for Health Care Excellence (NICE), que é um agência de saúde europeia muito importante, recomenda que em lugar do índice de massa corpórea, a gente use a relação da cintura com a altura para classificar da obesidade. Nesse caso, a obesidade central.
Relação cintura-altura ou cintura-estatura
Dividindo-se a circunferência da cintura pela altura, teríamos a relação cintura-altura (ou cintura-estatura) e as seguintes classificações:
– 0,4 a 0,49 – adiposidade central saudável
– 0,5 a 0,59 – adiposidade central elevada
– 0,6 ou mais – adiposidade central alta
A partir de 0,5 teríamos aumento do risco para doenças das que eu falei anteriormente e do risco cardiovascular. O lema é “manter esse índice abaixo de 0,5”.
O legal é que pode ser utilizada em homens e mulheres, de qualquer etnia e em adultos musculosos.
A cintura que é o meio do caminho entre a última costela e o topo do osso do quadril ou crista ilíaca, o topo do osso do quadril.
O documento está aberto para consulta pública no Reino Unido, mas se fosse aqui eu seria muito a favor. Eu curti! E você, o que achou dessa proposta?
Referência
NATIONAL INSTITUTE FOR HEALTH AND CARE EXCELLENCE Guideline Obesity: identification and classification of overweight and obesity. Draft for consultation, April 2022
Você precisa fazer log in para comentar.