“A ostra, para fazer uma pérola, precisa ter dentro de si um grão de areia que a faça sofrer. Sofrendo, a ostra diz para si mesma: ‘Preciso envolver essa areia pontuda que me machuca com uma esfera lisa que lhe tire as pontas…’ Ostras felizes não fazem pérolas… Pessoas felizes não sentem a necessidade de criar. O ato criador, seja na ciência ou na arte, surge sempre de uma dor. Não é preciso que seja uma dor doída… Por vezes a dor aparece como aquela coceira que tem o nome de curiosidade’’.
Pegando o gancho do que autor Rubem Alves relata na introdução do seu livro, eu gosto de escrever para sanar a curiosidade acerca da ciência, mais especificamente da endocrinologia. Algumas vezes, eu comento também reflexões de momentos da minha vida.
Em relação à medicina, escrever no blog foi um modo que encontrei de envolver os grãos de areia que causavam as coceiras da minha curiosidade, de tentar minimizar os espinhos de determinados temas na endocrinologia ou mesmo dar minha visão e experiência clínica sobre assuntos corriqueiros.
O resultado esperado é que, sanando a minha dor da curiosidade, eu também entregue pérolas de conhecimento ao público que navega em um mar de informações desencontradas na internet. Aqui, a “pérola” é no melhor sentido da palavra.
A minha produção de conteúdo para internet foi iniciada e continua através do meu blog. Tudo começou apenas na forma de escrita, embora já existam outros formatos aqui, como vídeos.
Quem sabe um dia eu me atrevo a escrever um livro ou mesmo um e-book? Acho que eu já tenho esse grão de areia me doendo internamente.
O que você acha da ideia?
Você precisa fazer log in para comentar.